8 de maio de 2013

Errar tentando acertar..!

Pra mim é normal errar. Quer dizer, eu não acho normal, eu odeio errar, mas erro pra caramba, tentando acertar na maioria das vezes. Principalmente nas atitudes que dizem respeito aos meus filhos.
Agora por exemplo, esta semana...  coloquei os dois no mesmo quarto sem autorização prévia do meu mais velho que já ocupava e reinava absoluto no quarto ha exatos 5 anos. Tem atitude mais sem noção que esta? Eu explico:

Ha alguns meses o meu pequenino se jogou do berço, demonstrando ser o super bebê acrobata e a gente tirou o berço de circulação com medo de acrobacias mais radicais aparecerem por aqui. Compramos uma mini cama para o mini pessoa. Como a cama não tinha pronta-entrega a gente colocou ele para dormir no quarto do irmão até chegar a cama. Não deu muito certo porque ele estranhou o quarto, a cama e acordava no meio da noite, acordando também meu mais velho... foram umas 2 semanas.... partindo desta mal sucedida experiência quando a caminha chegou a gente colocou no quarto do baby mesmo e deixamos os dois ado ado ado cada um no seu quadrado.



Eis que o baby ficou doente, e com isso acabou usufruindo dos benefícios da cama dos pais, e depois que passou o dodói ele começou a dormir péssimo... me deixando muito cansada. E depois meu mais velho ficou doente também usufruindo do benefício e paparico do quarto dos pais (é lá em casa quem fica doente pode dormir com os pais) e a minha cama começou a ser invadida por dois seres loirinhos cheios de vontade de se aconchegar no meio do papai e da mamãe. Mas papai e mamãe não ficaram muito felizes com esta situação que começou a virar rotineira. Então papai e mamãe decidiram deixar os dois no mesmo quarto porque assim, um faz companhia pro outro. Certo?

Certo, mas e a história da experiência mal sucedida? Sublimei e pensei com muita esperança no coração que o fato de um estar do ladinho do outro pode ser mais positivo depois da adaptação do que negativo na acordação noturna. E de fato foi na primeira noite. Porém antes da primeira noite, quando eu cheguei em casa segunda-feira possuída pela mulher do Extreme Makeover  disposta a mudar os dois para o mesmo quarto e comecei a tirar as coisas do quarto do David ele começou a chorar. Falando que não queria que eu mexesse em nada. E eu mexendo em tudo tentava mostrar para ele a parte positiva de tudo aquilo. Mas ele simplesmente não enxergava. E depois disso com algumas negociações feitas, ele aceitou. Contrariado mas aceitou. E depois veio nele uma mega dor de cabeça seguida de febre, que claro não tem nada a ver com isso, mas que claro pode ter tudo a ver com isso. Sim estamos no outono, a cidade tá uma bola de vírus, todas as crianças doentes, o irmão dele estava doente semana passada e  blá blá blá.... mas ninguém tira da minha cabeça que o corpo e a mente tem caminhos engraçados, incoerentes e estranhos para fazer quando sofrem algum tipo de stress...

Enfim, depois de tudo, fiquei me sentindo uma mãe de merda. Eu sei que não sou, mas me senti de uma sensibilidade mínima e praticidade máxima. Não respeitei o espaço do meu menino, não dei a ele a chance de se acostumar com a idéia, de se adaptar, de me mostrar o que estava sentindo. Tudo vai ficar bem, assim espero, e tenho certeza de que os dois vão estreitar muito os laços dormindo no mesmo quarto, mas confesso que faltou tato e sensibilidade pra mim. Por isso que digo que neste caso errei. E chego a uma constatação básica, real e verdadeira perto do dia das mães: as mães erram. Talvez sejam absolvidas pelo fato de que erraram tentando acertar. Mas erram pra caramba. E quem foi que falou que ser mãe é fazer tudo certo?