Estou indo para NY. No final de semana. Sem meu filhote. Não é a primeira vez que viajo sem ele, nem será a última. Mas toda vez que viajo sem ele é como se fosse sem um pedaço de mim, sem uma perna, fico manca, sem um braço, fico abobada, sem uma orelha, não escuto direito, sem um olho, não vejo tudo o que tenho que ver... porque independente do lugar do mundo que eu esteja, meu coração fica conectado 100% do tempo no meu pequeno e fico preocupada se está tudo bem com ele, se se alimentou, se sentiu muito minha falta, se está dormindo bem....
A boa notícia é que todas as vezes que viajei sem ele ele ficou ótimo. Principalmente quando fica na casa dos avós. A outra boa notícia é que quando o pai dele fica com ele, ele fica melhor ainda, ou seja, eu fico sem meus dois amores, mas pelo menos eles ficam bem, mesmo meu marido me dizendo que a casa sem mim não funciona e fica vazia... eu acredito! Sou super bagunceira e não sou o tipo de pessoa que ninguém percebe que está em casa... not at all!
Bom mas o fato é que minha maratona de viagens sem filho começou quando desmamei o meu mini, ele deveria ter quase 7 meses... foi suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper difícil, eu chorava todo dia, toda hora e todas as vezes que via um bebê. Parecia uma louca, sabe a mulher do filme "a mão que balança o berço"? rs, era basicamente eu querendo pegar todos os bebês do tamanho do meu filho no colo... (claro que não peguei nenhum né? mas tive vontade....rs).
Me diverti e fiz tudo o que eu precisava, mas foi muito sofrido. A segunda vez ele já tinha 1 ano e 4 meses, foi sofrido mas nem tanto, porque eu tinha o suporte emocional da marida junto comigo e tudo deu certo... na terceira ele tinha 1 ano e 7 meses e sofri também bastante, mas foi suportável, e desta vez espero que seja um tiquinho mais fácil do que a última. Pelo menos já está sendo, porque o frio da barriga que me dá antes de ir já está menor que das outras vezes....rs.
Também o fato do meu filhote já está maiorzinho, falar mais que a preta do leite e não fazer nada que não quer, me deixa mais sussas, é uma idade legal, ele pede pra comer, avisa tudo o que quer e o que não quer e assim vai... fica mais fácil saber que ele está se fazendo entender para obter o que precisa.
O fato é que depois que a gente vira mãe fica achando que não pode se divertir sem o filho. E que somos muito necessárias e que eles não sobrevivem sem a gente... não é verdade. Quer dizer, necessárias somos mesmo! Mas eles ficam ótimos sem a gente, e que bom né? Sinal de que são seguros emocionalmente, que sabem que são amados, e que bom que eles tenham um vínculo de segurança importante com outros familiares, além dos pais, para ficarem bem na nossa ausência.
Eu sou super coruja, super mãe canguru, quero estar grudada no meu filho o tempo todo, supervisiono tudo o que ele faz, estou sempre a postos para tudo, mas sempre acabo achando saudável ter meus momentos, estes de reflexão, que eu posso ser só eu mesma, ver coisas que eu gosto, falar do meu filho e do marido o tempo todo, sentir muitas saudades dos meus amados, enfim, fico super feliz de poder vivenciar esta experiência e de ter um marido, ou melhor dizendo um parceiro da vida toda ( hope so) que valoriza e valida meus desejos, minha essência, e a pessoa por trás da mãe, da esposa, etc.
Acho que tudo isso me dá segurança para dar o próximo passo e fazer as malas e viajar, tranquila e feliz.
Resumo da ópera, vou de coração partido, mas vou viajar, fazer pesquisa e trarei muitas novidades fresquinhas na mala para fazer pra Mamma Mini. E então quem sabe muito em breve teremos um lançamento especial de coisas lindas. Me aguardem! A próxima coleção demorou um pouco para sair do forno, mas vai sair.
Prometo postar alguma coisa lá de NY, principalmente dicas e fotos.
Beijos de mãe que sente saudade!
Fê