Oie, que saudade de vocês!
Apareceu a margarida olé olé olé.... Eis que ressurge em terras brasileiras a pessoa Mamma aqui, com muitos "causos" para contar... pena que não vou poder contar tudo agora, mas dividirei em capítulos, igual novela...hahaha, afinal tragicomédia pouca na minha vida é bobagem....
O fato é que vim pra contar que a vida de mãe é mesmo um aprendizado constante (tá, até aí no news) e que meu filhote ficou dodói 2 dias antes de embarcarmos. Bem dodói. Mas viajamos mesmo assim. Ele viajou tomando antibiótico. Teve uma sinusite bravíssima com febrão. E o ar condicionado das 25789horas de avião pioraram bem o estado dele, ou seja, primeira parte da viagem, na europa, foi basicamente no quarto do hotel. Cuidando do menino enfermo. Muito enfermo. Transformando o quarto luxuoso e modernérrimo do hotel boutique em um acampamento de guerra para sobrevivermos com o filhote doente dentro dele, montar uma infra mínima necessária que suportasse febre, remédios, vômitos, banhos, e pouca alimentação.
adendo: tenho certeza que a camareira pensou que havíamos sequestrado o menino e estávamos fazendo algum ritual ou seita bizarra com ele no quarto, tamanha era a bagunça. Mas pense você o que fazer quando seu filho adoece MUITO, você está fora da sua casinha, com o clima de 5 graus fora da janela super propício para deixar seu filho "pior" e tudo o que vc faz é controlar a febre, hidratar, medicar e limpar a sujeira de vômito quando ele toma os remédios:
sim porque adendo 2, meu filho vomita toda vez que toma remédio. E temos que dar duas vezes. O que torna tudo mais fácil e mais agradável...
Mas aí, como Deus existe, e nossa turnê (minha e do maridão) de se "fu" com filho doente na Espanha tinha prazo para terminar, eis que quando chegamos a "Holly Land", traduza-se Terra Santa, ou ainda Israel, o menino melhorou, o clima também (tava um calor de 30 graus), e tivemos momentos impagáveis de paparicação e estragação de filho.
Ele podia fazer simplesmente tudo: almoçar batata frita e sorvete de sobremesa por exemplo. E aí podemos dizer que a nossa trip começou.
Voltamos a vida, nosso filhote se recuperou, e mesmo tendo que continuar o antibiótico e ficando com a fome reduzida a mais ou menos o cardápio de um passarinho beeeeeeeeeeeeeeeeeem pequenino, ele foi apresentado aos lugares mais importantes, mais especiais e mais sagrados para a família dele. Foi absolutamente incrível. Sem falar que Jerusalém é dos lugares mais encantados que existe. E mais bonito também. E com uma energia inexplicável que dá vontade de chorar a cada esquina que se cruza. Sem falar que fomos para um evento de família e ele encontrou muitas caras conhecidas, queridas e amadas que foi simplesmente tudo pra ele.
Aprendi que com criança não existe programação. Até pensamos em adiar a primeira etapa da viagem, mas a gente tinha esperança de que mudando de ares ele pudesse melhorar. O que não rolou.
Aprendi que viajar para distâncias significativas com criança é montar uma programação diária de acordo com o mood da família, adaptar um pouco da sua rotina com a rotina da criança e encontrar algo que faça todo mundo feliz.
Aprendi que filho doente fora do país sem médico conhecido por perto deixa a gente mais insegura do que qualquer coisa. Um medo aterrorizante de que algo de errado.
Aprendi que o kit básico de entreter filho em avião é necessário e deve ser imenso.
Aprendi que para as crianças qualquer lugar é passível de brincadeira, tudo é divertido, leve, gostoso e feliz até ficar entediante, que dura mais ou menos 5 minutos; também aprendi que criança gosta de brincar com criança. (O David fez amizade com um israelense que falava além de hebraico, polonês e russo e não se conformava que falava 3 línguas e o David não entendia nenhuma delas pra brincar com ele...rs)
Aprendi que a saúde e o bem estar do meu filho é a coisa mais importante da minha vida. E que eu só fico bem se ele estiver ótimo. Aproveito se ele aproveitar.
Aprendi ou reforcei minhas crenças de que a felicidade do meu filho é a minha felicidade.
Aprendi que é preciso respirar fundo várias vezes para não perder a paciência quando algo não está funcionando, e recomeçar.
Aprendi que o "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença" é muito verdadeiro.
O saldo das férias foi positivo, restam ainda por aqui tosses e espirros, uma dose diária de antialérgico, muitas fotos para revelar, muita bagagem para desarrumar e muita história pra contar. Mas de tudo, foi muito legal ver nosso filho ser nosso companheirinho de viagem, mostrar parte do mundo tão grande que a gente vive para ele, diferentes culturas, sei que ele é pequeno, mas sei também que estes momentos ficarão na memória afetiva dele para sempre.
Deixo vocês com esta delícia super conhecida do musical "Fiddler on the Roof"(Violinista no Telhado), um clássico maravilhoso, pra continuar no clima da nossa trip, quero esticar os momentos felizes, voltar beeeeeeeem devagar para a rotina e claro, aproveitar para fazer algo só para mim, porque me dediquei tanto, tão 100% do tempo pro filhote durante todos estes dias, que agora preciso de um time off! E quero fazer um tour pelos blogs, apareceu um monte de novos seguidores por aqui: Wellcome!!!!!! Quero ir conhecer cada um de vocês, com calma, muita calma, meu lema por estes dias pelo menos, enquanto ainda estou no clima de Jerusalém que é total SLOW. VERY SLOW.
beijos de mãe que adora viajar mas que adora voltar pra casinha!