9 de agosto de 2013

Me Adaptar


Pois é, chegou o dia. Meu bebê cresceu. E foi para a escola. Aperto no coração. Arrependimento. Emoção. Orgulho. Alegria. Insegurança. Tudo junto misturado. No primeiro dia achei que fiz tudo errado. Que ele era muito pequeno ainda para esta vida escolar. Me senti acelerando um processo dele. O David entrou um pouco depois do que o Beny está entrando na escola, e a comparação é inevitável, mas cada um é um, e cada um tem um momento diferente, necessidades diferentes.
Depois de alguns dias vi que quem precisava se adaptar era eu e não ele. Ele adora ir para a escola. Vibra cada vez que encontra com o irmão. Aliás momentos estes de encontro dos dois que enchem meu coração de alegria e enchem meus olhos d'água. Ele quer puxar a mochila de rodinhas sozinho: "Eu mamãe". Participa da bagunça. E se solta e se diverte. Estes dias de adaptação foram tão ricos, porque pude, de fora, enxergar meu filho de um outro jeito. Um menininho pequenino que já sabe pedir o que quer, já sabe se virar, já tem um jeito próprio de conduzir as coisas e que tem um jeito tão engraçado e leve de ver a vida. Pude tirar ele do pedestal de bebê e encarar como uma pessoinha que está sim querendo se relacionar com o mundo que está a volta dele. Não consigo desgrudar muito dele na adaptação, quero protegê-lo,  mas quando desgrudamos fico feliz porque saber que ele está seguro longe de mim me faz feliz, me faz ver que ele é um menino emocionalmente feliz e tranquilo.

O coração aperta. Ele é pequeno. A turminha é grande. Mas amo a escola. Amo a equipe. Amo a professora, a assistente, a coordenadora, o espaço. Ha exatos 2 anos e meio estava fazendo a adaptação do David. Que foi infinitamente mais tranquila. E infinitamente diferente. Como tudo desses dois serzinhos da minha vida. Sempre juntos. Sempre diferentes, sempre incríveis e sempre muito muito especiais. Eu vou me adaptar. Eu sei que vou. Ele? Já está adaptado. Eu vou me adaptar.