A maternidade me tirou de um lugar e me levou, diretamente (não de mini cooper original como nesta foto aí... wish i could...) mas de foguete mais precisamente dizendo e na velocidade da luz, para o que se pode chamar de um "estado alfa de mãe crítica". Calma, eu explico tudinho...
O que quero dizer é que, com a maternidade, vem também aquele famoso "senso" materno (sim, porque os pais não tem o senso...sorry boys...) que não te deixa fazer certas coisas e te "obriga" a fazer outras.
Por exemplo, quando vc se torna mãe, vc entra automaticamente no mundo do PALPITE, já li sobre isso em diversos blogs que acompanho e a realidade é que só muda o endereço, todo mundo que vira mãe ganha automaticamente um ticket para o "admirável mundo dos palpites" e vc terá que ouvir sobre TUDO em relação ao seu filho de "QUALQUER" pessoa: "nossa como ele é clarinho", "pra quem ele puxou", "que olho azul será que vai escurecer?", "nossa como ele fala", "nossa como ele é agitado", "é menina?(vestido todo de azul bermudão e camiseta)", "que cabelo comprido", "que cabelo curto", "a cachorra não morde ele?", "não tá muito frio pra ele?", "não tá muito calor pra essa roupa?", "como ele come bem", "nossa como ele enrola pra comer", "hoje ele não tá feliz", "nossa como ele é risonho"... e por ai vai.....
E aí entra o tal famoso "senso" que te impede de mandar aquela pessoa para aqueleeeeeeeeeeeeeeeee lugar longínquo onde vc gostaria e faz vc ser educada só acenando com a cabeça: uma coisa meio entre sim e não, quase um alongamento de pilates e pronto....rs
Isso vai se tornando uma metamorfose, em cada fase do seu filho vc é obrigada a interagir com outras mães, ouvir as pessoas palpitando sobre os comportamentos dos próprios filhos e "também" do seu (ou dos seus) filho (filhos) e por aí vai...
Eu confesso que me sinto super desconfortável nesta parte do "mundo materno". Eu não gosto muito de ouvir os outros falando do meu filho, independente do que seja, é algo que não me agrada mutcho não, sinto como se fossem expectativas com uma criatura que não fez nem 2 anos... já bastam as minhas....rstambém não curto muito que que venham me contar algo que ele fez... no maior estilo "vc não sabe o que seu filhote anda aprontando..." Believe me, i know", moro com ele rs rs rs
Acho que as pessoas PALPITEIRAS até tem boa intenção em falar, comentar, ou trocar experiências, mas como vc nem conhece a pessoa direito, acho que existe uma "distância regulamentar" até onde se pode conversar com um desconhecido na praça, no parque, ou vizinho de dar "bom dia" no elevador sobre assuntos pessoais.
E como na vida isto é inevitável, vejo que sou crítica com as pessoas em relação à isso. Penso o porque de aquela mãe me dizer tal coisa, uma vez que eu nem perguntei e uma vez que eu jamais falaria a mesma coisa para ela.... por causa do danado do "senso" que eu digo que tenho, e demais. Mas que algumas pessoas tem, e de menos rs.
É claaaaaaaaaaaaaro que estou falando o lado mãe da coisa (mãe louca como eu, diga-se de passagem....), os filhos só tem a obrigação de serem felizes e nós é que fazemos a parte chata de educar, colocar limites e afins. E neste aspecto também sou super crítica. Sei que não depende só de mim, depende da personalidade dele, e depende do mundo também, mas eu faço tudo o que posso e mais um pouco para ensinar ele a ser uma boa pessoa, com valores enraizados, amada, que trate bem as pessoas, os bichos, a natureza, cultivando hábitos saudáveis, etc.
Sempre digo que educar dá trabalho, que é mais fácil não educar, mas é o que estamos plantando hoje para colher no futuro. Eu não gosto quando vejo meu filho jogando os brinquedos na cabeça da nossa cachorra, ou quando ele empurra um primo ou prima, ou amiguinho pra fazer algo sozinho... repreendo imediatamente, tento explicar o porque de não fazer aquela coisa, de não ter certas atitudes, e sei que ele ás vezes faz porque gosta muito de testar os próprios limites, ver até onde mamis aceita determinada coisa, e aí quando fecho o tempo ele dá marcha ré, faz carinho na cachorra, pede "decupa mamãe", faz carinho no amiguinho ou priminho e fica tudo bem. Até a próxima descoberta. É fisiológico. E eu vejo que tenho que ser compreensiva porque ele é apenas uma criança que não tem nem 2 anos e está aprendendo a viver, consigo pereber suas tantas qualidades! Coisa de mãe né...todas iguais....Fico surpresa ao ver uma pessoa tão pequena que já elabora tantos sentimentos, pensamentos, tem um vocabulário tão extenso, essa coisinha tão amada que era tão pequena antes de ontem a noite e hoje já está se tornando independente, mostrando suas vontades, sua personalidade, e fico super feliz de ver o quanto ele é carinhoso, easy going, uma criança deliciosa de se conviver... não faz muita questão de nada, não faz maldades ou crueldades, compreende a maioria das coisas, não faz birra, não chora quase nunca, é muito muito legal, legal pra caramba...rs (e mesmo que não fosse nada disso, ele é meu filhote! rs automaticamente seria tudo pra mim).
Por essas e outras que eu penso que tenho que relaxar ser menos crítica e fazer amizade com novas mães quem sabe? rs... Ser mãe, ou melhor, ser uma boa mãe é um grande desafio, mas eu também acho que é algo muito mais instintivo do que teórico, menos by the book e mais instinto e senso de mãe. Ser muito crítica com as pessoas e com as coisas não vai te levar a lugar nenhum (estou falando pra mim mesma! rs). Ver as outras mães com seus filhos, ou ver as babás com os filhos dos outros, é só uma maneira de ver como as pessoas fazem tudo diferente do que você faria, e acho que por isso este universo "materno" é repleto de palpites, críticas e por que não "troca de figurinhas"? Eu tenho algumas amigas que tem filhos da mesma idade do meu, ou bem próximos e trocamos muitas figurinhas sobre as fases que eles estão vivendo, não para apenas comparar (o que é inevitável) mas para trocar experiências mesmo... ás vezes alguma coisa que funciona para uma mãe pode ser uma nova forma de funcionar para você.... estou super aberta para melhoras.
Mas estou parcialmente fechada para os palpites fora de hora e comentários "joselitos" rs, se é que vcs me entendem.... Como dizia uma amiga minha "só mudando de mundo" quando ela queria mudar algo que era imutável, e acho que neste caso funciona assim...
Como não vou pegar a bumba pink e mudar de mundo, preciso aprender a conviver com esta parte "chata" da maternidade, porque acho que todas as mães acabam tendo que fazer coisas que não gostam em nome de algo maior, de ter por exemplo um baby que já não é mais baby, lindo, loiro, amado do coração e que parece um grilo falante em casa né?
Beijos de mãe que critica, mas estou tentando melhorar....hahahaha
