12 de maio de 2010

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA


Vi este quadro nem sei mais onde mas ameeeeeeeeeeeeeeeeeei! Achei o máximo. E é mais ou menos como eu ando me sentindo... do jeito dessas palavrinhas aí, que pulam disparadas numa velocidade descontrolada que você quase não consegue ler o que está aí... esta sou eu hoje. Esta sou eu às vésperas de completar 32 anos.

Quando eu brincava de boneca, sempre formava uma família e narrava como era:

"-Eu tenho 22 anos, sou casada com o Ken, tenho 3 filhos, trabalho, tenho carro e fumo". (fumo? eca... bom na época eu achava o máximo, e foi este máximo que me levou a experimentar um cigarrinho aos 12 anos achar horrível e me tornar oficial fumante dos 15 até os 22 anos quando tomei a melhor atitude da vida, abandonei o marlboro lights e me libertei pra sempre do cheiro de fumaça, precoce né? sim, for sure).

O case é que tanto tempo passou desde as minhas brincadeiras de boneca e HOJE, com um filho de 2 anos, casada, trabalhando como freela em casa e ainda por cima fazendo minhas coisas da Mamma Mini e lutando para dar tudo certo, vejo que minha vida está uma grande bagunça. No bom sentido. Mas tá bem do bagunçado. (Vou ilustrar este post com algumas coisas que eu já fiz ao longo da minha vidinha de estilista fixa e freela....) E não tô me achando na bagunça, that's the problem.


camisola florida que eu fiz na jogê e saiu na vogue



Quando eu trabalhava em empresa achava que era SONHO, LUXO E RIQUEZA quem fazia freelas em casa, achava simplesmente o máximo aquela LIBERDADE incrível de ir e vir a hora que quisesse e o sonho perfeito de ficar perto do filho... nossa, melhor impossível. Depois comecei a achar que PART TIME era a perfeição. Mulheres que conseguiam trabalhar meio período e ter o outro meio dia livre para cuidar das crianças, nossa isso é absolutamente perfeito. E hoje eu vejo que não existe formato ideal e sim o que combine com você, com seu estilo de mãe, pessoa e profissional e com a sua vida e suas aspirações.


Minha constatação hoje, após 1 ano de trabalho como freela no meu super micro home office é : preciso de um espaço pra tralbahar FORA DA CASINHA. Sim, fora da casinha. Claro que quero ficar perto do meu pimpas, mas estar aqui criando, desenhando, montando planilha de preço, falando com cliente e fornecedor no telefone e ouvir o micro : "Quero ir com a mamãe" tira toda minha concentração, perco o eixo... sucumbo aos encantos do meu boto azul e pego no colo, beijo esmago até todo o meu foco no trabalho escorrer pelos meus dedinhos e depois eu demoro mais um tempo pra pegar no tranco... ou seja, cerveja.

ok tá muito micro mas é uma camisola de gestante em moletom tinturado em lavanderia e desgastado que ficou o máximo!


 Tentei durante este período que estou em casa, mais perto do meu filho reunir algumas coisas importantes:

-trabalhar em casa e ficar perto do meu filho, acompanhar de perto ele crescer e se desenvolver
-economizar afinal posso usar meu espaço de casa, meu computer,  minhas tralhas todas e não preciso alugar um espaço e ter mais despesas fixas...
-ter mais flexibilidade nos meus horários, organizar melhor o meu tempo, afinal posso cuidar das coisas da casa, do filho, minhas, do marido, da cachorra, ir pro sacolão, supermercado, farmácia, levar o David na pracinha, no parque num final de tarde, e afins...
-não deixar de trabalhar nunca, afinal meu trabalho para mim é muuuuuuuuuuuuuito importante

Porém hoje vejo que não consegui alcansar meu objetivos, exceto pelo filhote que esta parte realmente é a melhor de todas, mas também prejudica um pouco porque ele não entende que estou em casa mas não estou disponível SEMPRE.
Depois vejo que organizo péssimamente meu tempo, porque acabo priorizando as coisas que não são tão prioridade, meu tempo rende muito menos e acabo ficando no computer até super tarde quando tenho trabalho para terminar...
Sem  falar que meu escritório tá uma zona generalizada (papéis, cadernos de desenho, folhas, livros, amostras de tecido, papéis, embalagens, roupas, embalagens das roupas, sacos, sacolas, malas, impressora, contas da casa, contas da empresa, documentos da família, documentos do filho, esta semana perdi a carteirinha de vacinação do David (que màe perde a carteira de vacinação do próprio filho?)... bom eu perdi, e queria me matar por isso, não pude levar ele pra tomar a 2 dose da H1N1 porque não tinha carteirinha,  imperdoável pra mim no meio desta grande bagunça e aí falei:

-"PARA A BUMBA QUE EU VOU DESCER É JÁ!"


lingerie de poás e camisola bicho que saiu na NOVA


E aí parei, respirei e percebi que no meio desta confa toda eu preciso separar a energia profissional da minha energia em casa. Que eu preciso liberar meu escritório pra ser como era antes, só pras coisas da casinha e da family. Que eu preciso parar de bagunçar tudo por aqui e parar de misturar coisas pessoais com coisas profissionais. E que eu não caibo mais com todas as minhas coisas aqui no meu micro escritório. Que o filhote já tem 2 anos, vai pra escola em agosto e eu vou poder ficar sussas trabalhando fora daqui....
Que eu preciso começar meus 32 anos organizando minha vida.

E é isso que eu vou fazer.

Minha resolução de 32 é:  Preciso de espaço, preciso sair da casinha e pretendo continuar bem pertinho do filhote. Pra quem não tava em crise existencial pré aniversário e inferno astral, até que tudo aconteceu bem rápido né? Assim são meus insights, meus flashes. Assim se ascendem as lâmpadas na minha cabecinha de meu deus.


 Beijos de mãe que perde mas encontra (a carteirinha do meu filho tava dentro da impressora que foi pro conserto, dá pra acreditar? ufa....rs)